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Mostrando postagens de novembro, 2008

Sofia e o deserto de si mesma

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Em seus encantamentos, perdeu-se Sofia pelo mundo andando pelos caminhos sem fim até chegar onde ninguém chega onde não havia florestas, nem flores nem água , só vento suicida que se debatia contras as pedras. Aos seus pés a areia dura, áspera rígida Sofia sentiu medo Tentou voltar, mas não havia volta Quis continuar mas a fadiga se apoderou dela; Seu grito ecoou pelas pedras rebatendo as suas próprias dores Desejou correr mas não se pode fugir de si mesmo As angústias de ser mulher se multiplicam na solidão Encolheu-se, cheia de areia até a alma o sol cegando, cortando o céu azul E em seus delírios ela via a escuridão dos seus caminhos Contou seus medos até perder-se em signos e algarismos afundando-se na areia corpo e alma de areia enquanto a ampulheta da vida derramava os últimos grãos na expectativa do último suspiro. Ninguém podia defendê-la dela mesma Os olhos, mesmo secos, romperam em água

Onde vamos parar?

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Se a pobre árvore Fica em seu lugarzinho sem fazer mal a ninguém Se nem boca nem pernas ela tem Se ela assim mesmo nos abraça e nos dá sua sombra suas flores e frutos E se assim mesmo a machucamos maltratamos e matamos Onde este mundo vai parar? (a vida traz cicatrizes a todos, às árvores, às crianças e aos sonhadores)

A SAGA DE SOFIA - Primeiros Passos

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No início de sua viagem A menina crescida Cheia de espanto do verde das árvores Texturas, sabores Perfumes, cores Diversidade Da sorte de um lugar tranqüilo Quieto, pleno. Certa de justiças, de verdades, De sinceridades e promessas Esquece a espada, esquece a batalha E se deixa envolver pelas flores Pelo azul imenso sob sua cabeça. Pela estrela amarela a brilhar no horizonte Pela brancura da Lua no veludo da noite Vê a si própria florir Desperta para o calor do sol, para a luz da vida Caminhando e caminhando Encontrando gentes, culturas, variedade De falares, personalidades Conhecendo pessoas, Amando-as, aceitando-as Andando, Andando, Pelas veredas seguindo a música do mundo Pernas crescidas pelo caminhar Mente explodindo idéias Como o guia coração Ideais nascendo no peito Impulsionada pela fé da intuição Companheira de si mesma nos caminhos Reluz no descobrir-se em solidão forte Carregando uma mala de sonhos, de amor e serenidade Deixando por onde passa, saudade Permitindo seduzir-se

A SAGA DE SOFIA - Fuga

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Nós surgimos enrolados Contraídos no conforto do ventre materno Protegidos no calorzinho confortável De um ninho de amor Pequenininhos Somos empurrados para fora Expulsos do Éden Forçados a vir a um mundo que não queremos que nos desperta com luz, frio, ruído e movimento. Encaminhados para o novo Embalados pelos nosso próprios medos Protegidos em uma redoma de paredes de mentira. Mas então chega a hora que os vestidos Já não escondem as formas de mulher E a menina precisa sair de seu castelo Precisa pular seus medos e enfrentar o mundo Gigante e orvalhado cheio de gentes Cheio de medos, de frio De labirintos, precipícios. Em busca de uma flor, de um sorriso De um sonho Um amor Precisa de algo que faça sentido Em meio às futilidades, julgamentos Preconceitos e burguesises Necessita de algo que a faça sentir Que a permita viver E não morrer tão só passando pelo mundo A menina que não cabe em seus vestidos Veste-se de coragem Salta o muro do medo E cai no chão do temor Certa de que uma l

Um presente de aniversário

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O GROSSO DA BOSSA me fez uma grande surpresa: transformou meu poema CAFÉ em uma bela canção.... http://www.myspace.com/ogrossodabossa Aos leitores deste cantinho, disponibilizo o link para relembrar o poema: http://maisumaamelie.blogspot.com/2007/09/caf.html Obrigada Sérgio pela homenagem e por acreditar no meu trabalho!