Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2008

Uma carta ao menino Deus

Imagem
Prezado Senhor Menino O que eu peço não é muito, nem pouco. Não são coisas materiais, porque um dia sei que o Senhor me levará a conhecer outros mundos em que o efêmero não terá importância. Por isso também não posso pedir paz porque o mundo em que vivo está em guerra, e muito menos saúde, porque os corações das pessoas estão enfermos, e não te ouviriam. Não posso pedir amor, porque isso o Senhor nos deu quando se ofereceu a morrer por nós. O que peço não é para mim, nem para as crianças, nem para os ingênuos, porque somos os únicos que em Ti cremos, e a Ti nos entregamos. O que peço é que neste Natal, quando a lenda no Amor que desceu à Terra seja lembrada, que os corações mais gélidos e egoístas recuperem sua capacidade de sonhar. Que possam acreditar no bem para o bem existir. Acreditar na Luz para que ela possa iluminar. Um grande abraço! Nos vemos logo ( é fácil visitar o meu coração quando sei que o Senhor Menino aí me ouve, me embala, me encanta, me alegra e me consola) FELIZ NA

A bagagem de Sofia

Imagem
As lágrimas escorreram do rosto Desceram e alcançaram o coração seco quase areia mas que pode lembrar-se de amar Sofia levantou. A cabeça zunia incongruências mas era necessário inventariar a própria derrota Contou os cacos de si Localizou as feridas: sabia que não estava só Olhou e viu-se rodeada por seus próprios medos, tão concretos e brutos Sombras que riam dela. Enfrentar , inútil Eram muitos, eram fortes Ela, uma menina Talvez se fizesse necessário camuflar o mal do mundo Como quando vivia em seu abrigo de cristal Decidida, abriu a mala, escondeu os medos ajeitou ali desventuras, fracassos Desencantos Eles tinham que servir para alguma coisa um dia O vento zunia nos ouvidos Sofia sabia que todo laberinto tinha uma saída e que o vento conhece todos os caminhos Respirou fundo. Apertou nos dedos a mala pesada Olhos fechados, sentiu uma pétala de jasmin que o vento soprou no seu ombro esquerdo. Não teve dúvida. Arrastando a mala pelas areias o vento apagando seus rastros Sofia sabia