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Mostrando postagens de 2012

Refletindo sobre o Paraíso

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Paraíso não! Viver tanto para aprender a ser para partir para o "não ser"? Aprender que se é  a atitude que se toma, a escolha que se faz. Ora, se Deus é verbo que se fez carne, ele é ação. Se é ação, é jovem, experimentador e curioso. E vocês ainda creem que Deus vivia em um gramado, cheio de gente descansando em paz! Não me prometam o tal do paraíso. Quando eu morrer quero aplicar o que aprendi e aprender mais com outros seres viajantes. Acho que o descanso eterno deve ser o castigo dos infernos! Não me digam também o que devo pensar. Se Deus é ansioso experimentador não posso crer que ele siga lei qualquer diferente do amor. E não existe amor no dinheiro, muito menos em se achar superior aos outros. Deus existe só no perdão.

Montevideo

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 A capital da República Oriental do Uruguai é feita de três elementos principais: o vento, o céu e o mar. O céu é sempre lindo e tem personalidade própria. O mar sempre te encontra mesmo que você não o busque. O vento é intempestivo: calmo te refresca, contrariado dá medo. A gente tranquila, sorri. E meu coração fica todo azul.

Despedida

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Você foi embora. Deixou somente uma canção triste e uma foto de um sorriso amarelo. Foi assim, sem mais, sem nem dizer adeus. Fiquei eu, toda enrolada feito uma menina medrosa com medo até de viver. O sol dói lá fora. A noite companheira chega e me abraça, me enche de escuro. A solidão consola, acompanha. Como sou ingrata! Ainda assim me sinto só.

Florescer

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Ilustração de Alexandre Barazino alebarazino.wordpress.com Ela estava estranha naquele dia. Resolveu então sair e respirar, suspirar, refletir o que acontecia, por quê estranhar-se a si mesma. A passos lentos e preguiçosos entrou num parque qualquer, sentou-se em um banco qualquer e viu nas árvores únicas pequenos botões que logo seriam flores. Será que também ela era um botão? Será que seu destino também era ser flor? e se estivesse se sentindo estranha porque não estava sendo o que deveria ser? Um sorriso despontou. Sentiu a resposta lá dentro florescer  em seu coração. Apesar de tudo, era primavera.

Aconteceu assim

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Meses sem escrever poesia. A caneta só deslizou o papel para fazer cálculos, rascunhar glossários, termos técnicos. E onde havia tempo? De repente me achei incapaz. Será que a poeta que vivia em mim tinha morrido? Logo eu ficar presa às ideias racionais do mundo, aos números, aos dicionários. E sem mais percebi que fiquei longe dos livros não obrigatórios, que passei muito tempo sem leitura por prazer. Aí, não mais que de repente as letras vieram de espanto formando palavras num redemoinho de ideias que se misturaram com ventanias de sensações. Ai, o papel branco de repente cheio de letra, de caligrafia corrida, de linhas tortas sorriu satisfeito. E sim, pude voltar a poetisar sem querer sem obrigações só por necessidade de oxigenar o coração.

Os nossos olhos

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(para Alexandre Barazino) Os olhos dele são negros, profundos e guardam uma história triste. Belos. Hipnotizantes. Não tive como não me apaixonar por estes olhos redondos, amigos, sinceros e tristes. Comecei a fantasiar que poderia fazê-los feliz. Logo eu, de olhos comuns, castanhos sem graça, sem brilho nenhum. Mas meus olhos sorriem quando veem esses olhos negros e percebi que quando os meus sorriam, os dele esboçavam um sorriso de amor. E quando meus olhos viam amor nos belos olhos negros, irradiava uma felicidade tão intensa que os fazia ter brilho. E os olhos negros, recebiam o brilho e o transformava en cores, sabores, em uma força magnética incalculável, dessas que não se pode lutar contra. E meus olhos lá queriam lutar contra algo tão bonito? Só queriam refletir esses sentimentos todos dentro de si, contentes que por um segundo conseguiram que os olhos negros, seguissem profundos, mas agora muito mais felizes. E os olhos dele eram os meus e os meus olhos eram os dele. A históri