O que eu fui

Eu era rocha
e o mar batia,
machucava, doía.

Aí virei terra
e em frangalhos
ela levada
para todo lado, sem rumo
sem força, sem dor
sem nada.

Aí me calei.
Estagnei.
Esperei.
Me abri a receber o que a vida dava
de bom e de ruim.
Chorei, encharquei o coração
Até que uma semente me tocou
e fiz florescer a flor do sorriso
virei pétala, macia,
que recebe o beijo do beija-flor
a carícia do vento.


Comentários

Miguel Pestana disse…
bastante bonito, o poema.

gostei do seu blog ;)
Que bom que gostou, Miguel! Seja bem-vindo!

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