A tardinha
A tarde cai devagar
pintando o céu de vermelho
eu só observo da janela
olhos secos
boca num sorriso feio.
O frio fere a pele do rosto
e canta nos ouvidos.
A solidão me abraça
convencida que sou só dela
e de mais ninguém.
A noite chega, devagar
eu observando pelo vidro
olhos úmidos
boca numa canção doída.
Escureço,
junto com a noite
quieta e calada.
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